Introdução

Pretende este blog voltar a unir continentes, pelos quais se encontram distribuidos amigos de longa data. Da China aos EUA, da Austrália à velha Europa, será com um olhar Lusitano que descreveremos os lugares e contaremos as histórias que fazem o nosso dia-a-dia, num mundo onde as diferenças jamais separam pessoas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Barroso


Acabei de encontrar esta foto no site "The economist"
(http://www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=12470591&fsrc=nwl)

sábado, 11 de outubro de 2008

Flashback 2 (cont.)


E, mesmo ao lado do Central Park...


O pulmão de Nova Iorque


"Banco e Lua" e companhia


Que pena estar fechado neste dia...


Chrysler Bldg., na única forma que encontrei de o captar


Grand Central Station
(curiosamente, nenhum filme estava a ser rodado aqui, neste dia)



Adivinhem


Imaginem isto à noite


Lower Manhatan, lá ao fundo


Chrysler Bldg. e UN Bldg., entre outros.


Regra dos 45º



MoMA



Ground Zero, 9/11

Flashback 2

E, dia 10 de Agosto, regressei a Hartsville. A noite anterior, passada na nossa casa da Amorosa, passei-a em claro. Todos os momentos desfrutados nos dois meses anteriores vinham-me à memória e condensavam-se em sucessões de instantes que, de tão carregados de sentimentos e sensações, me impediam de adormecer; como se o cérebro me dissesse que, se o fizesse, poder-se-iam perder para sempre. Os meus pais, os meus irmãos, a minha cunhada, a minha avó e tia avó, os meus primos e tios, os meus amigos com quem tinha estado, os meus amigos com quem não tinha chegado a estar (inércia, a quanto obrigas...), os meus pais outra vez, os meus irmãos..., até aquele vinco no sofá da sala ou o mosquito que teimava em picar-me, me voltavam a ensinar que a expectativa da saudade é sempre mais forte do que a saudade em si, que o momento antes da partida pode ser tão doloroso como qualquer outra perda. Umas horas depois estava no avião (esse não-lugar por excelência, onde a vida parece ficar em stand-by até ser retomada noutro sítio qualquer) e tudo recomeçava.
Cheguei a Charlotte por volta das quatro da tarde, e meia hora depois voltei a encontrar o Daniel e a Celine. Às sete já estava em Hartsville. Um telefonema para casa, as malas mais ou menos desfeitas, e mais uma noite mal dormida. No dia seguinte ligava o computador e o skype voltava a ser o meu melhor amigo.
O início do ano lectivo foi completamente diferente do anterior. Todas as reuniões na semana que antecedeu o início das aulas propriamente ditas foram de uma monotonia só quebrada pelos arrepios de frio proporcionados por um ar condicionado exageradamente frio. Já sabia aquela treta toda. As novidades nos procedimentos escolares apresentadas para este ano eram mínimas. Estava pronto para receber os novos alunos. E, antes que dissesse "porra, vamos lá despachar essa merda!", já tinha 85 novas caras à minha frente. Completamente diferentes, estes alunos (ou este professor) em relação aos do ano passado. Agora posso dedicar-me mais a melhorar a qualidade das minhas aulas. E continuar a aprender. Foi para isso que para cá vim.
Quer dizer, não só! Se estou na América, devo aproveitar para conhecer a América. No entanto, já me tinha apercebido no ano anterior que, se o quisesse fazer, não poderia contar com a malta de Hartsville (mesmo aqueles que estão abaixo da média etária dos 150 anos). Aqui, a ideia de socialização tem obrigatoriamente de passar por um blood drive, um food drive, um bake sale ou uma outra qualquer iniciativa de angariação de fundos para a igreja X, a associação de beneficiência Y, ou o catano mais velho Z. Nada contra, mas... porra! Será que o prazer de estar com outras pessoas não é uma virtude em si mesma? Não, num país contruído com base na noção individualista do self made man, num país de estados sem providência, onde a idéia de comunidade e todo este tipo de merdas servem de contraponto, nomeadamente à sua consciência.
Mas há males que vêm por bem e assim, depois de contados e recontados os trocos, meti-me num avião e fui ter com o Miguel, que estava de visita a Nova Yorque. Foi no dia 11 de Setembro.

Flashback 1 (cont.)

Braga, jantar de despedida, 09 de Agosto.


Braga, 07 da manhã, depois do Insólito


All Garve


Algarve


Taça inter-totós


Ida a Boticas (e Chaves)


Lisboa, início da tarde


Lisboa, final da tarde


No concerto do Cohen (já não preciso de plantar uma árvore ou de escrever um livro)


Em Tibães


O chave! O chave!



Braga Braga Braga

Flashback 1

Cheguei a Braga constipado. Era o dia 8 de Junho, um Domingo, pelo que a bebedeira à noite não estava garantida. Umas horas depois, reparava que a preocupação tinha sido em vão. Em casa dos meus pais (o meu pouso nos dois meses seguintes, uma vez que a minha casa continuava alugada) a minha avó e tia-avó. Uma hora depois, toda a minha família de Braga. E o queijo, o chouriço, os croissants, os bolinhos e os pastéis: era a hora do lanche. E os meus primos a anunciarem que vão ser pais outra vez e que eu vou ser padrinho. E o início de uma sensação de bem-estar e gratidão por tudo e todos que tenho em Braga e um pouco por todo o país, que me havia de acompanhar ao longo das férias.
Não cheguei a passar férias fora do país, como me tinha proposto. O câmbio dólar-euro e o bilhete de avião de regresso à América lixaram-me o esquema. Bem, na verdade minto: numa tarde que muitas preocupações deu aos meus pais, por andar sem telemóvel (vicissitudes da tecnologia e do facto de estar a morar em casa deles) fui a Espanha dar uma mija. Tive de pegar no carro depois de almoço para levar a minha irmã ao trabalho (eu era o único de férias naquela altura) e não consegui pará-lo. Como muitas vezes faço, fui indo, indo em direcção à Natureza do Alto Minho, que nunca deixa de me fascinar, e quando dei por ela estava para os lados do Lindoso. Atravessei a "fronteira", apanhei-me numa estrada sem movimento, parei o carro na berma e senti a frescura da montanha em todo o seu esplendor. Aliviado, virei à direita no cruzamento seguinte e voltei a entrar em Portugal dez minutos depois na Portela do Homem. De resto, passei todos os outros 61 dias dentro do resctângulo. Seguem-se algumas fotos dessa temporada.

Act II

São dez e meia da manhã de um vulgaríssimo Sábado em Hartsville. Cai aquela chuvinha molha tolos lá fora, pelo que antevejo mais um fim-de-semana colado ao computador. Começo a fazer a lista de dvds que tenciono ver (o Natural Born Killers que encontrei ontem a 5 dólares no Wall-Mart, um tal de Street Kings que o Daniel alugou ontem, e uma caixa com todos os episódios do Duckman - ainda se lembram?). Para além disso, terei de arranjar tempo para limpar o meu quarto, pôr um pouco mais de ar na minha cama de 10 dólares, e passar, novamente, todas as minhas camisas a ferro. Ainda assim, parece-me um fim-de-semana em cheio para um europeu a morar em Hartsville. Mas antes de me refastelar na cadeira, uma vista de olhos pela actualidade do meu país e por alguns blogs de amigos. E já agora, e só por descarga de consciência, vou clicar no pangeia, quanto mais não seja para ver se o blogger ainda não o limpou do cibermapa.
Eh lá, o que é isto? Será que me enganei no link? Não, estou a ver o logotipo animado do blog, mas não estou a ver aquela foto de mim e do Daniel na cerimónia de graduação de Junho passado. Aquela foto com cibermofo que, há quatro meses no topo da página, era por mim vista como a tampa no caixão do pangeiaxxi.

Mas é que ele há o Nebes! E o Nebes é um sleeper. E, como todo o bom sleeper, ataca no dia D, na hora H e com o timing T. E salva o blog do que parecia inevitável.

Já começou, portanto, a season 2 do pangeiaxxi.

Um bom fim-de-semana para todos!